sexta-feira, dezembro 19, 2008

Stuff That You Need for Finals



Finals Countdown, Amateur Transplants


É verdade, estão aí os exames...


domingo, dezembro 14, 2008

Salvem os Ricos




Brilhante, como sempre! A verdade é que o Eduardo Madeira é um melhor Axl Rose que o próprio, embora o tamanho das barrigas seja em tudo semelhante, nos dias que correm, eheh (vou dar um desgosto à Sofia por estar aqui a dizer isto... agora é que ela nos vai fechar na ervilha motora dela com Nine Inch Nails aos berros... Sem ter por onde fugir!)
Espero que se divirtam tanto com isto como eu, porque vão-me ouvir a cantar isto abusivamente durante esta semana!


Eheh, encontrei no TwilightSucks, não é meu!

quinta-feira, dezembro 11, 2008

The Life of a Mary Sue




Não é sem auto-crítica que posto este vídeo aqui. Eu sou uma grande geradora de Mary-Sues, evito pô-las na net, mas estou sempre a pensar nas minhas... Enfim, esta música está fantástica, de chorar a rir, melhor só mesmo:

A verdadeira história de Twilight

sábado, dezembro 06, 2008

Crepúsculo



Black Ghost - Full Moon



Nunca deixará de me surpreender que os filmes fracos tenham bandas sonoras tão boas.
Ontem fui ver o Twilight com a Mariana e com a Sofia. Foi muito engraçado porque a companhia é excelente, mas quanto ao filme deixou muito a desejar. Esperava que fosse muito pior para podermos gozar mais com aquilo, enfim, Hollywood está a melhorar os seus clichés e isso não é nada divertido.
Mesmo assim foi uma paródia. Descobri que o meu objectivo número um na vida é ser vampira - aquilo parece não ter inconvenientes! Questiono-me até que ponto é que devem deixar adolescentes inocentes (????) ver aquilo... Na minha opinião todas as histórias de vampiros deveriam ter a finalidade de nos mostrar quão importante e bela é a efemeridade da vida, e não frustrarmo-nos por não conseguirmos voar ou parar carrinhas com as mãos.






A Sofia leu o livro eheheheheheh

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Retalhos


Há vários temas que eu quero abordar neste post.
Os meus dias têm corrido mais ou menos sem novidade, mas sábado aconteceu algo de extraordinário.
Fui ver o Ensaio sobre a Cegueir
a ao cinema.
Nunca li o livro, mas achei o filme extraordinário, fez-me pensar muito sobre a moral humana e a importância da compaixão. Adorei, é mesmo daqueles que valem o dinheirinho todo do bilhete.Esta última cena é absolutamente brilhante, mas eu não a vou comentar para quem ainda não conheça a história e queira ver o filme.

É verdade, semana passada comi pela primeira vez castanhas assadas na rua, confesso que foi uma desilusão, sabiam a cinza e saíram-me caríssimas, mas pelo menos matei a curiosidade!


Madredeus, Ao Longe o Mar (felizmente não sou eu a cantar :P)



Cool




It's hard to remember how it felt before
Now I found the love of my life...
Passes things get more comfortable
Everything is going right

And after all the obstacles
It's good to see you now with someone else
And it's such a miracle that you and me are still good friends
After all that we've been through
I know we're cool

We used to think it was impossible
Now you call me by my new last name
Memories seem like so long ago
Time always kills the pain

Remember Harbor Boulevard
The dreaming days where the mess was made
Look how all the kids have grown
We have changed but we're still the same
After all that we've been through
I know we're cool

And I'll be happy for you
If you can be happy for me
Circles and triangles, and now we're hangin' out with your new girlfriend
So far from where we've been
I know we're cool






Adoro esta música, tenho pena de não ter arranjado o vídeo, mas não está disponível no youtube.

domingo, novembro 23, 2008

Esquema de Resolução de problemas de Perséfone

  1. Dá erro destrói-se a fonte do erro (muda-se a skin do blog porque não apetece descobrir porque é que a outra não deixa reproduzir os vídeos do Youtube)
  2. Não dá para destruir, ignora-se
  3. Não dá para ignorar, entra-se em pânico.
Sempre muito eficiente que eu sou, eheh. Tive de mudar a skin porque achei de muito maus fígados a outra não me deixar ter vídeos do youtube aqui, mas acho que incorri numa melhoria já que esta é minha e é mai linda e tudo (não é, mas eu acho que sim).

O primeiro "Porque hoje é Domingo" desde há muitos meses. Aleluia alguma acção neste blog!




Ah, eu ainda não tinha anunciado mas parece que o Shaolan não está mais interessado em colaborar aqui.


É tudo!

domingo, novembro 16, 2008

Gobbledigook para ti também!






esta é a versão youtube do novo vídeo dos Sigur Rós, sem pessoal nu a correr pela floresta fora. No outro dia estava a ver a reportagem da Sic Notícias sobre o concerto deles no Campo Pequeno (sim, eles não vieram ao Porto desta vez... deixem-se estar que eu digo-vos...) e passaram o vídeo completo, ao que entra a minha mãe e grita "O QUE É ISTO?", mas quando eu disse que era o clip da gobblegook a conteda em potência ficou resolvida.



Agora com a Bjork (ela só faz lalalalalallalala e toca tambor, mas está lá e é brilhante, como sempre)

Esta música é o verdadeiro elixir da alegria, põe qualquer um contente por alguns minutos, remete-nos para a terra do nunca, faz-nos jurar que nunca crescemos, que ainda somos crianças eternas. Ai, gobbledidook para vós!


PS- não imagino o que quererá dizer Gobbledigook em Hopelandish/islandês, mas em persefonês quer dizer alegria ;)

sexta-feira, outubro 10, 2008

Chapter 2 - Acute and Chronic Inflammation

Não, nem me vou desculpar, é a realidade e tenho de aceitar assim mesmo... Não, talvez não esteja num fase "blog" da minha vida, talvez não esteja numa fase introspectiva, não queira escrever, apenas guardar. A verdade é que deve ser a décima vez que aqui venho e este é o primeiro esboço de post que escrevo. A verdade é que tenho estado a escrever mal e porcamente (não dá para notar as diferenças a olho nu, eu sei) e tudo o que eu não quero é partilhar.
Não, talvez esteja numa altura egoísta da minha vida. Não desejo comunicar, apenas viver dentro do esporo, à espera de, talvez, germinar de novo.
Não, não deve ser nada disto... É uma destas fases, vocês sabem. Não, não sabem porque eu não disse, mas presumi.
Não, talvez esteja a desenvolver um gosto pelo debate incompatível com a exposição solitária dos argumentos.
Não, não, não, não, talvez seja só uma moda, um go with the flow, ninguém quer saber e eu também não.
Não, sobretudo não, não está na minha natureza.
Não, mas alguma coisa saiu.
Sim, enfim!
Sim, posso afirmar, algo produzi, mas não, não me satisfaz ;)

domingo, setembro 14, 2008

Ultimamente



[Fui a Santiago de Compostela]




[Fiz 20 aninhos]




[Despedimo-nos do Diogo]




[Estive longe longe]




[Isto é um Alpaca]





[Isto é lindo]




[E isto é uma Maravilha do Mundo bem merecida]



Estas foram as minhas férias.

terça-feira, setembro 09, 2008

Definição de Amor

"Bem sei que não amamos ninguém pelas suas virtudes, sim, outrora, acreditava que amávamos mais os oprimidos, os prevaricadores, os conflituosos que a virtude, e depois envelheci e aprendi, e hoje sei que até mesmo as faltas e erros de um ser nos não fazem amá-lo, como o não faz a sua beleza, a sua bondade ou as suas virtudes. É uma coisa que talvez só se compreenda no fim, quando a sabedoria e a experiência já não significam grande coisa. Trata-se de uma dura lição, por certo, e não contém conforto nem adulação - temos que admitir que não amamos uma pessoa pelas suas qualidades e defeitos, por ser bela ou, por estranho que pareça, por ser feia, corcunda ou pobre; amamo-la simplesmente porque existe no Mundo uma vontade cuja substância verdadeira não conseguimos penetrar, que quer exprimir-se ao acaso da sua inspiração para que o mundo inteiro na sua rotação eterna se renove e que, por razões incompreensíveis, toca com força terrível os nervos, acelera o trabalho das glândulas e perturba os cérebros mais brilhantes."



Sandór Márai, A conversa de Bolzano.

Sublime, não é?

quinta-feira, agosto 07, 2008

Julho de 2008

Há muitos motivos pelos quais recordarei este mês, não prometo que para sempre, mas até que me canse de o fazer.
Um dos quais terá de ser pela novidade de pela primeira vez um mês não constar na lista do meu arquivo do blog. Não postei, muito embora tenha mudado a skin e não tenha portanto abandonado de todo este meu projecto de vida.
Sinto-me estranha ao pensar que tinha estabelecido o compromisso de escrever todos os Domingos e ainda mais me sinto ao pensar no quão pouco essa realidade me perturbou em todos os dias desse Julho em que ostensivamente não o cumpri.
Outro por ser um mês de despedidas e de decisões, não quero explicar muito disto, mas foi um mês (e este Agosto também está a ser) em que fui muito espectadora indiferente da minha existência, em que escolhi sem o coração, em que tudo pouco me importou.
E o outro motivo foi este:
E assim termino esta pequena explicação.

quinta-feira, julho 10, 2008

Cesto de Gávia

"Ora... 53 são 70 cêntimos, deixa cá ver... Vou ver se acabo aquilo hoje uma moeda de 50, outra de 10, ui, caiu, Só queria ir ao cinema uma moeda de 10 e duas de 5... 70... ui tenho de marcar o número 53. Tenho de acabar aquilo hoje Ciiiiiinco Trêêês"
Com um estrondo caiu das últimas prateleiras a lata de sumol que eu estava a tentar extrair de uma máquina automática. Peguei-lhe e abri-a. Um líquido gelado de sabor ácido e adocicado tocou-me na língua. Estremeci, estava fria de mais, e comecei a caminhar. Detive-me perante uma janela.
Estava no 8º piso e as "vistas" eram mais ou menos agradáveis, pelo que me sentei no corrimão da escada a observar.
Enquanto girava a latinha na mão a paisagem transfigurou-se-me perante os meus olhos. Não via mais uma dúzia de blocos cansados e cinzentos com janelas demasiado exaustas para ocultarem o seu interior. Não, olhei para baixo e as beatas de cigarros que se acumulavam nos telhados dos andares inferiores deram-me a ilusão de estar, feita Deus todo-poderoso, a espreitar, através das estrelas da esfera celeste, a vida dos humanos lá em baixo na Terra.
Pontos brancos, os Homens passavam de janela em janela. Alguns com pressa e competência, outros devagar e cansados. Muitos cabisbaixos e ensimesmados "quem sabe porque desgraça?", outros ainda distraídos, como se, como eu, estivessem a viver uma ilusão.
Centenas de existências se cruzavam sob o meu olhar atento, mas para mim nada significavam. Eram um enigma profundo, demasiado distante para me preocupar.
E olhei, condescendente para a a "Criação", o triste e harmonioso acumular de cimento que constituía aquele Universo.
Foi então que levantei os olhos e vi algo de singelo: um céu azul-cobalto imperava sobre tudo aquilo. Estava enganada, mais do que uma mera observadora, eu vivia também uma daquela enigmáticas existências
Acabei o sumol e desci as escadas, meditabunda.

sábado, junho 28, 2008

Exames 100% pirilampados


Pois parece que há indivíduos a pirilampar exames que depois ficam todos pirilampados... E isto deixa-me deveras preocupada porque exames pirilampados resultam em notas pirilampas...
Já nem sei o que pensar!
Pirilampai!
Qualquer dia chamam a ministra da educação à FMUP para lhe dizer que os nossos exames estão a ficar todos pirilampados, de tal forma que já parecem os nacionais. Só é pena não serem nada fáceis, nem nos perguntarem qual o quadrado de cem (pergunta à qual nem todos os alunos/docentes saberiam responder prontamente).


De todos os posts deste blog, este é o que faz menos sentido, sintam-se à vontade para confirmar...

sábado, junho 07, 2008

Fui Ver


Uma caixa rosada, com a tinta a descascar nos cantos, quadrangular caiu sobre as minhas mãos em concha. Não era muito pesada, calculei que tivesse aproximadamente o peso de um coração...
Virei-a de todos os ângulos possíveis, examinei-a desconfiada. Havia algo nela que me inspirava cuidados. Talvez fosse o aloquete robusto, ou quem sabe, o total silêncio que emanava das suas arestas, como uma aura. Abaneia-a, não emitiu qualquer som, nem mesmo o da fechadura a balançar contra a madeira.
Receei abri-la, mas algo me disse que era a única saída, que era a única resposta. Com muito cuidado, muito carinho, forcei a tampa a levantar-se. Não ofereceu qualquer resistência, para meu maior assombro.
Olhei: estava vazia. Nem uma partícula de pó se abrigava nos seus cantos. Nem uma lasca de tinta a habitava. Vazia, oca, preenchida de um nada maior que todos os vazios.
Suspirei, que alívio! Há mesmo coisas que só pertencem ao passado.

terça-feira, junho 03, 2008

domingo, maio 04, 2008

Let's Talk

[Há coisas que só pertencem ao passado]



[
mais tarde, ainda mais gente me rodeia]

Pego no telemóvel ansiosa... Tenho de ter rede... É um caso urgente. O servidor não pode assim de um momento para o outro ignorar a emergência que a minha mensagem constituía... Vá lá.... Vá lá... De cinco em cinco segundos meto a mão no bolso do telemóvel para me certificar que ninguém me contactou. Um gesto nervoso, um vício, um arrependimento "porque é que não combinei antes no fim?". Salto num pé, salto no outro. Ah, graças a Deus, uma mensagem "Onde estás exactamente?". Respondo a correr e continuo a ladainha do "Vá lá, entrega...". Tento acalmar-me, mas insistentemente recordo-me que estou a tentar encontrar uma agulha móvel num palheiro pantanoso. Não tiro os olhos do horizonte estreito que enxergo e ganho outro vício: pôr-me em bicos de pés, não que veja mais alguma coisa, mas porque me dá a sensação de estar a fazer algo de produtivo para além de estar a olhar em frente. E como uma corrente violenta aproximas-te. Num desalinho, ofegante, nem podes crer que estou em frente aos teus olhos. Começas um relambório de críticas, queixas e pedidos de desculpas até que te apercebes que eu estou em silêncio e também te calas, quase receosa pelo que vem aí. Então eu abraço-te, não muito longamente, mas num abraço cheio de significado. E as tuas lágrimas caem uma a uma no meu ombro, bordam-se no tecido, traçando um padrão secreto e eterno. Não sei dizer se foram de alegria, se foram de tristeza, se uma mistura das duas coisas (o mais provável), mas sei que me fizeram acreditar um pouco mais que há mesmo milagres.

"Porque há sempre muitas coisas que podes oferecer: carinho, companheirismo, acompanhamento" citação adaptada

sexta-feira, abril 25, 2008

Barreira

Tenho uma dificuldade inultrapassável: não consigo escrever sobre o que sinto ao ouvir uma sublime música dos Sigur Rós. Apenas consigo imaginar ténues paisagens montanhosas constituídas por néon puro, centenas cascatas de água cristalinas a choverem do céu, o interior de um quadro de Monet (os nenúfares, o horizonte pontilhado, a explosão moderada de cores), a vida num poema de Fernando Pessoa. Enfim, coisas impossíveis que ninguém, no seu perfeito juízo, vem dizer para as ruas.
Não se pode falar de sons que se vêem nem de luzes que se ouvem e esperar ser compreendido.
Vivo atormentada com esta impossibilidade. Já falei de muitas músicas, já escrevi sobre muitos artistas: my chemical romance, coldplay, gotan project, muse, mas tudo isto me parece fácil de mais ante a dificuldade que impus a mim própria.
Vou simplificar: cingir-me às coisas reais. Afinal elas também existem nestas músicas.
Há acordes que me fazem sentir num outonal bosque de bétulas, inundado de uma luz cristalina, populoso de cantos de pássaros. Já é uma boa aproximação... mas deixa-me insatisfeita! Vou tentar sentimentos: sabem quando vos acontece uma coisa mesmo muito boa? Tudo o que desejaram e para o qual mais lutaram aqui e agora, saltam no vosso peito os acordes da Samskeyti. Não, muito subjectivo (mesmo para poesia) e pouco explicativo.
Por mais voltas que dê à cabeça não encontro solução... até que... mas é óbvio há apenas uma coisa que posso escrever sobre estas músicas:


Tão simples quanto isto, porque há coisas tão maiores que palavras. Ouçam e tentem agora vocês dizer-me o que sentiram ;-)

sábado, abril 12, 2008

Não pirilamparás!

Pirilampar - (do Latim, pirilampum) v. trans tornar pirilampo, alumiar algo que não deve ser visto, difamar, vilipendiar, escarnecer, achincalhar, roubar, fazer algo de errado. Um pouco de tudo.

Verbo muito conhecido entre alguns círculos fmupianos. Expressa desdém, indignação, revolta. Pode ser utilizado como nota jocosa para os que são alheios a esta gíria.

terça-feira, abril 08, 2008

Segredos

Não, não fales... Se duvidares permanece calada. Não fales. Será que posso? Será que sabe? Lábios bem comprimidos: um contra o outro num abraço de mar contra os rochedos. Não digas: é segredo. Lábios bem cerrados: juntos à nascença, não os vás separar. Não sugiras, não transpareças: é segredo. Não vaciles: mente, antes isso. Uf, escapou o segredo. Não, mais um confronto: tem calma, repete a velha mentira (já parece verdade) e guarda bem o segredo. No fundo do coração. Bem fundo. A quilómetros de profundidade. Cerrado, selado e codificado.
Não penses: podem ler-te os pensamentos.
Morre com o segredo, não vais poder levar muito mais contigo.

segunda-feira, março 24, 2008

Deixem o menino dormir

Não façam barulho porque ele dorme, coitadinho.
Não o incomodem com luzes fortes nem risos soltos porque ele descansa na terra dos sonhos.
Não o tragam para a realidade, esse Mundo duro em que nada é como ele imagina: não existem árvores que dão caramelos nem pássaros que nos piscam os olhos.
Não o arrastem do seu sossego, deixem-no nas suas ilusões: quieto, com a respiração pesada a compôr as leis que regem aquele mundo de fantasia.
Dorme menino que cá fora faz frio e ninguém te ama. Dorme e respira pesadamente porque o dia deu aqui lugar à noite permanente. Aconchega-te em mantas de algodão-doce e faz uma roca de um chupa-chupa.
Ilude-te com esses truques de feira porque a realidade é negra como o coração dos homens.
Não queiras saber de guerras nem de amores porque todos terminam na mesma maneira. Não queiras saber de mortes nem de horrores, porque são um filme mau cansado de rodar (veja-se, já têm a película queimada!). Ignora as fomes e doenças, faz de conta, como se já fosses grande, que são endémicas de lá muito longe, onde o coração já não alcança (nem que a desgraça se abata no teu irmão de sangue).
Fecha esses olhinhos curiosos, porque aqui não há que valha a pena ver.

Sssh deixem o menino dormir, tem de ter forças quando acordar porque tem muito que chorar.

segunda-feira, março 03, 2008

Esse teu olhar

Não aguento que me olhes assim.
Sei que sou forte: derrotaria exércitos se tivesse afiada a minha espada, saltaria para o dorso do meu corcel e cavalgaria sem vacilar ao seu encontro; venceria as maiores agruras da alma humana se apenas levasse comigo uma luz para me alumiar a escuridão; sofreria a maior e mais humilhante das derrotas de cabeça erguida, mas não suporto esse teu olhar.
Sou forte, mas esse brilho magnético, cativante, sedutor, quente e muito enigmático prendem-me como um insensato insecto se prende a uma luz vã.
Não sou mais dona dos meus pensamentos, das minhas palavras - das minhas acções! - quando me olhas com esse teu sorriso trocista (um pouco até desdenhoso).
Tem de haver uma qualquer explicação científica, psicológica, esotérica - uma qualquer! - para eu ficar assim.
Deve ser uma mistura de fluídos inflamados, qualquer recalcamento da minha infância misturados com a conjugação astral perfeita à hora do meu nascimento que me põem indefesa.
Caiem-me a armadura, a espada, o escudo e as roupas. Fico nua.
E deve ser por causa da adrenalina ou de uma qualquer outra molécula extraviada que eu fico em desatino.
Não me olhes assim! É desonesto.

3.Jan.2008

Se o texto parecer com cortes a culpa é do meu superego. Três vivas para ele por não me deixar passar vergonhas piores daquelas em que eu me meto.
O princípio ia muito bem, mas depois esvazia como um balão furado...
É, sem dúvida, o post que mais me expõe em toda a minha vida bloguística. Não sejam muito duros nos comentários, por favor :$

domingo, março 02, 2008

Lunático - Segundo a música dos Gotan Project

A noite estava quente em Nova Iorque. As baforadas de ar tórrido subiam dos respiradouros do metropolitano e intrometiam-se nas bainhas das minhas calças.
Os meus passos são incertos no meio desta multidão efervescente sem rumo.
Dou comigo a caminhar em direcção de Times Square.
Uma miríade de luzes e cores verte-se sobre mim: brilhos de um milhão de estrelas demasiado próximas. Julgo estar no centro de uma supernova em explosão.
Fico cega por uns instantes. Os meus ouvidos recebem os sinais mais contraditórios. O constante linguarejo que resulta da fusão de todos os idiomas do Mundo, o resmungar mecânico dos automóveis e passos... Muitos passo à minha volta, a envolver-me.
Também os cheiros me abordam. Ali vendem-se nozes doces e pouco mais à frente comida israelita. O tom sufocante dos escapes, no entanto, sobrepõe-se a todos os outros.
Lentamente recupero a visão, começo a distinguir formas e contrastes no meio do clarão.
E vejo-te. Começas por ser uma sombra contra um néon. Não mais que uma mancha negra. Mas depois aproximas-te e ganhas definição.
Conheço-te, sei quem tu és e já te sinto de antecipação.
Aproximo-me também. Junto-me ao muro de gente que tenta atravessar a rua e dou por mim no centro da praça. Tu também lá estás.
Tento falar, mas tu franzes o sobrolho (também não saberia o que dizer...).
Os primeiros acordes mal se distinguiam, mas depois foram-se afirmando. Dois ou três músicos começaram a tocar um tango a pouca distância dali, em troca de alguns "quarters".
Sinto a tua mão na minha cintura e a tua respiração morna no meu pescoço.
Muito suavemente conduzes-me nos primeiros passos daquela dança.
As minhas pernas tremiam-me. Não sabia onde pôr os pés, mas o teu enlace deu-me confiança e compasso a compasso o nosso tango desenhou-se.
Assim insólitos - dois apaixonados um tanto desconhecidos no meio de uma praça cheia de gente. Não fazia sentido a não ser para nós.
Bem lá longe a lua e as estrelas observavam obscurecidas pelo vidro fosco das luzes terrenas e ditavam as suas sentenças.
O teu peito tão perto do meu palpitava em sintonia com o acordeão e a tua respiração afinou com a minha.
A música cresceu num clímax discreto e perdi a consciência do que me rodeava.
Até que terminou - tal como era - gritante, pungente, indomável e traída como o tango que se ouvira.
E tu deixaste-me ir. Os teus dedos desenlaçaram-se dos meus, o teu braço abandonou a minha cintura com a suavidade de uma onda de maré vaza.
Viraste costas. Nunca te perdoarei. E voltaste a fazer parte da multidão. Primeiro uma sombra e depois nem isso.
Fiquei sozinha naquela explosão apoteótica de luz com toda a noite do Universo no meu peito.


Não sei porquê isto fez sentido para mim um dia. Hoje lembrei-me da música e decidi postar.
Porquê Nova Iorque? Bem, não achei que Buenos Aires fosse apropriado :P

sábado, março 01, 2008

Já funciona!

É com imenso orgulho que anuncio que o Conspirações dos Repolhos já funciona no Firefox, pleno das suas potencialidades!
Espero que gostem tanto de o ver com esta cara lavada como eu.



[in.love.with.the.blog] <3

The Wombats - Let's Dance to Joy Division





Adoro a Letra!
Let's Dance!!!

sábado, fevereiro 23, 2008

Impressões




Vista Panorâmica de Paris sobre o Rio Sena


Sacré Coeur e Disneyland Paris


Igreja de Auvers-sur-Oise (localidade onde viveram vários pintores impressionistas) e campas de Vincent e Theo van Gogh.

O meu poster e da Adriana no IJUP e Churrascão da FMUP


sexta-feira, fevereiro 22, 2008

O almoço dos remadores

RenoirAuguste Renoir - Le déjeuner des canotiers.
Musée d'Orsay, Paris
impressionante

In a dark alley

Tira a câmara das mamas da...
Nem sempre temos de estar melancólicos para podermos comunicar. Dizem alguns que o impossível é não o fazer. Que a cada momento mensagens subliminares soltam-se dos nossos umbigos como corvos e voam em todas as direcções.
Não temos sempre de lamentar e muito menos repisar o já calcado.
Por vezes a euforia invade-nos como néons de mil cores. O Mundo anda à roda e a sua instabilidade consome-nos os sentimentos: misturam-se num tornado de risos, de loucura. Rimo-nos. Muito. Sem saber porquê.
E comunicamos... Alegria, muita alegria, desmedida, impensada, longínqua da felicidade. Um ópio tão perfeito!
As pétalas de lilases chovem-nos sobre as cabeças e temos os tornozelos banhados por águas de prata.
Irreflexão. Ciclo vicioso. Emoções demasiado inebriantes entorpecem-nos os sentidos, afogam-nos os transportadores.
Dependência. Solidão.
Suores frios por deixar, por não ter, por não viver.
E por fim memórias das mais amargas. Fel no coração por estes dias não serem mais hoje nem um amanhã de moldura dourada.
As cores rodam, giram, borratam, IMPRESSIONAM, não nos dão tempo à fixação, não colam às retinas e depois desvanecem. Tristes.
Pétalas de lilás que já secaram. Águas que estagnaram.




Que dias tão felizes que tenho vivido. Que turbilhão de emoções mais-que-perfeitas que não consegui comunicar de outra forma.
Devem ser da vida de outra pessoa. Não posso ser mais que uma espectadora ocasional deste enigma sem protagonista.

[Paris]
[IJUP]
[Churrascão]
e mais... mais..
.

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

3 Anos....

Sabemos que as coisas são especiais quando olhámos para trás e vemos que fizeram uma qualquer diferença, que nos mudaram a nós ou ao Mundo.
Sabemos que as coisas importam quando a sua falta nos angustia e a sua presença associa-se a uma felicidade indescritível.
Sabemos que gostamos quando nos preocupámos em melhorar, agradar, polir, aprumar.
Sabemos que amamos quando vertemos assim mesmo a alma nua.
Sabemos que dependemos se pusermos uma parte da vida nisso.
Sabemos que fazemos a diferença quando vemos essa diferença, quando nos dizem que importamos.
Eu sei que o conspirações é especial, eu sei que não vivo sem ele, eu sei que dependo dele para a minha felicidade, sanidade para enfrentar as pequenas derrotas de todos os dias e para partilhar a grande vitória que é sobreviver.
Sobretudo SEI que nada do que aqui escrevo teria qualquer importância se não recebesse o vosso apoio, os vossos comentários e, sobretudo, a vossa AMIZADE.


A conspirar desde 3.Jan.2005 - 3 anos de blog

Vantagens

Vantagen(s) de ter um blog grande, antigo (este deve ter assistido ao achamento do Brasil) e interminavelmente chato:
-Tens de ler o meu blog todinho!!!
«Ia, depois de tu leres o meu, terei todo o prazer»

Enfim, seja como for: integralmente ou em partes, aí está para vocês o lerem (e eu também)
Incerteza da história, por Diogo

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Notícia de Última Hora!!!

Parece que há um trabalho sobre Repolhos a ser apresentado no IJUP.
Pretendo levar isto até às últimas consequências e conhecer os autores para averiguar responsabilidades e ver se aufiro direitos sobre a propriedade intelectual (meheheheh, crente...).
Agora a sério, gostava de saber quem é que andou a enfiar repolhos num HPLC (cromatógrafo de alta resolução)... É que não se faz! Não mesmo!

À cause de....


Parece que o Atlas não pode mais com os meus devaneios literários na sua caixa de comentários e aconselhou-me vivamente a fazer um post naquilo a que eu chamo blog (alguns poderão chamar-lhe bebé, são livres de o fazer...).
Acontece que não tenho rigorosamente nada para dizer, ao que vou entrar em devaneios dementes sobre tudo um pouco (na esperança que alguém leia e me atribua um prémio qualquer, mas outros já tentaram o mesmo antes de mim, neste mesmo blog, e alegadamente ainda népia).
Ora bem, um blog é suposto ser um local de análise da actualidade, mas como a minha mentalidade está congelada aí por volta do século XIX, tenho muita dificuldade em analisar a actualidade.
Vou portanto analisar o cair do pó.
Com este tema tão interessante que levantei sei que já não há ninguém a ler o post, sendo assim posso dar-me ao luxo de dizer as maiores barbaridades do planeta e cometer os crimes mais hediondos contra a língua Portuguesa (para além dos habituais) que ninguém vai reparar.
Mas se calhar fica para amanhã. Hoje já chega, até eu já estou farta de me ouvir.


Sim e aquele é o aglomerado de palavras com menor probabilidade de um dia vir a merecer o título de Ode... ao buraco na minha sapatilha...

domingo, janeiro 20, 2008

Soul Meets Body - DCFC


I want to live where soul meets body
And let the sun wrap its arms around me
And bathe my skin in water cool and cleansing
And feel, feel what its like to be new

Cause in my head there’s a greyhound station
Where I send my thoughts to far off destinations
So they may have a chance of finding a place
where they’re far more suited than here

And I cannot guess what we'll discover
When we turn the dirt with our palms cupped like shovels
But I know our filthy hands can wash one another’s
And not one speck will remain

And I do believe it’s true
That there are roads left in both of our shoes
But if the silence takes you
Then I hope it takes me too
So brown eyes I hold you near
Cause you’re the only song I want to hear
A melody softly soaring through my atmosphere

Where soul meets body
Where soul meets body
Where soul meets body

And I do believe it’s true
That there are roads left in both of our shoes
But if the silence takes you
Then I hope it takes me too
So brown eyes I hold you near
Cause you’re the only song I want to hear
A melody softly soaring through my atmosphere
A melody softly soaring through my atmosphere
A melody softly soaring through my atmosphere
A melody softly soaring through my atmosphere


Death Cab for Cutie

Esta música fantástica levou-me hoje para lugares inimagináveis, mas sobretudo fez-me lembrar este dia:

Parque da Cidade - Verão 2007

domingo, janeiro 06, 2008

The Anatomy of Tears

As boas e as más, as doces e as amargas todas as que foram choradas e as que ficaram guardadas: lavaram-nos as faces e juntaram-se à maré, desaparecendo à primeira lua.
Que as boas se repitam e que as más sejam substituídas por outras mais felizes.
Vou fazer-me ao mar: já mudou a maré.




Parabéns aos que conseguíram, mas as minhas palavras vão para os que ainda (porque em breve esta frase vai deixar de fazer sentido) não. Muita força para vocês - toda a que vocês me deram e toda a que vocês merecem: agora, vamos ao próximo!


PS- quem diria que o Gray me daria tantos títulos para posts...