domingo, outubro 28, 2007

Screenshot

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Dos fundos dos ambientes de trabalho

Sim, passei esta rica manhã de Domingo a fazer um fundo de ambiente de trabalho com uns pirilampos a brilhar, mas, como não podia deixar de ser não estou lá muito satisfeita... O formato gif não aceita muito bem os gradientes de cor, por isso está complicado.
Enfim, passando à frente os meus problemas decorativos ando a escrevinhar para aqui uma fic, ideia da Mariana, devo desde já dizer, sobre o Natal de 1973 da mui nobre e sempre pura casa dos Black. Ainda não decidi quem é que vai andar à porrada pelo molho do perú. Enfim, coisinhas ruins que eles são têm-me dado um trabalhão a odiá-los.
Sim, tenho feito imensa pesquisa para escrever aquilo, aliás basta ver a minha secretária com folhas tais como "THE BLACK FAMILY TREE" e "United Kingdom Christmas traditions", o dicionário de francês aberto (sabiam que sogra em francês é belle-mère? não Bernardo, por motivos óbvios não é suposto responderes a isto) e o Harry Potter lexicon aberto em várias páginas para além da uma Ordem da Fénix em vias de cair ao chão.
Escusado será dizer que estou a gostar imenso disto e que agradeço desde já à Mariana pela enorme ajuda que me tem dado (não, ainda não cheguei ao ponto da paranóia de imprimir as nossas conversas no MSN).

Beijos a todos e boa semana.



PS- Pigmeus homossexuais foram avistados no anfiteatro poente da FMUP. Aproximar com cuidado, evitar provocar-lhes o riso (tarefa difícil) pois saem completamente do controlo. A polícia Judiciária e o Ministério Público advertem para a máxima cautela ao lidar com estes seres.

PPS- Claro que isto é estúpido. Não advertem nada.

PPPS- Sabem o que é que eu acho mesmo estúpido?

segunda-feira, outubro 22, 2007

Depois do véu

O Sirius sentou-se numa pedra coberta de folhas
secas. Afastou os cabelos da cara e esfregou os olhos secos. Emitiu um bocejo
que fez os poucos pássaros das redondezas levantarem voo.
Só se lembrava de
ter sido atingido por um feitiço da Bella e cair para trás de um véu. Ao longe
ainda soava a voz do seu afilhado – chamava por ele, mas ele não sabia como
voltar. Estava preocupado. Se o Harry gritava assim era porque precisava de
ajuda.
Pôs-se de pé e olhou em volta. Estava num bosque de carvalhos e era
Outono (“eu ia jurar que era Junho”), uma luz silenciosa e coada iluminava tudo.
Ou seria o contrário? Tudo emitia luz. Não podia precisar. Olhou para si
próprio: estava nu! Abismou-se com esta descoberta.
Sem dúvida que a prima
dele era um bocado estranha (“ainda estou para saber o que fizeste ao Puffskein
da Dromeda naquele Natal”), mas enviá-lo para uma floresta… hum…
encantada???(“que expressão mais Muggle”) nu e sem varinha, era demais.
Nem
valia a pena tentar aparecer. Pelo menos podia transformar-se, pela certa. Assim
correria mais velozmente e sem se cansar tanto.
Inclinou-se para a frente e
esperou pelo formigueiro bem conhecido que lhe provocava o crescimento da
pelagem.
Sem dificuldades até agora. Curiosamente nunca se sentira tão
confortável na pele de cão. Nem a língua pendente nem o rabo o incomodavam
(nunca se habituara completamente a eles). Agora era só correr. Mas em que
sentido? Tudo lhe parecia igual.
“Bem, vou em frente”, mas por mais que
avançasse e virasse a paisagem era sempre a mesma.
“Laje, carvalho furado,
cogumelo, laje, carvalho furado, cogumelo OUTRA VEZ?!”
Maldito feitiço,
começava a irritar-se e a jurar matar a prima quando saísse dali.
“O Prongs é
que tinha um bom sentido de orientação!” recordou, invocando as suas memórias de
adolescente em que ele e o amigo percorriam os corredores nocturnos e
silenciosos de Hogwarts em busca de trapalhadas, comida ou raparigas (embora
estas últimas pesquisas lhes saíssem quase sempre frustradas – deixou um latido
curto escapar-se).
Continuou a caminhar até que apareceu um veado por trás de
uma árvore.
“Parece que consegui quebrar a repetição”
O veado levantou-se
nas patas traseiras.
“Corre que ainda levas uma cornada.”, começou a pensar,
mas observando mais de perto… Era o James!
“Padfoot?” chamou a sua voz rouca
(“Eu falo enquanto cão?? Definitivamente este lugar é estranho”). O rapaz à
frente dos seus olhos tinha 17 anos e vestia o uniforme da escola. Trazia os
óculos de banda, como tinha andado cerca de um mês após os ter partido numa
manobra de Quidditch, recusando-se a repará-los, alegando que era um troféu da
sua vitória naquele jogo.
O Sirius voltou à forma humana. Repetiu o gesto de
se olhar. Também tinha 17 anos e usava o equipamento dos Gryffindor.
-Ei!
Onde estás? Onde estamos? Que saudades Prongs! O que é isto?
O James riu-se
de uma forma triste e os seus óculos desengonçados subiram-lhe comicamente na
bochecha.
-Lamento Pads.
-O quê? É óptimo ver-te! O que foi? Porque estás
com essa cara?
Os olhos de James estavam negros de tristeza.
-Sirius, tu
morreste.
Olhou para o amigo. Não podia ser. Ele estava a delirar. Então… ele
só caíra… o véu… não podia ser... mas agora que reparava – não respirava, do
coração não sentia o palpitar, tinha uma consciência aberrante do seu corpo…
como se ele fosse feito de ar, ou melhor, de pensamentos, não mais que uma alma.
Se calhar era esmo verdade…
-Vou matar a minha prima assim que ela
morra.
-Ahahahah, Sirius, tem juízo!
-Eu não posso estar morto. –
explicou-lhe como se ele fosse um miúdo que teimava em fingir que não percebia
porque não podia comer mais sapos de chocolate – Eu tenho que ajudar o Harry!
Ele está em apuros!
Um sorriso condescendente iluminou a cara do
James.
-Tens sido um óptimo padrinho, Sirius, mas agora é a tua vez de
descansares. O meu filho safa-se melhor do que o que tu imaginas.
-Maas… ah…
ele… ah… a Bella…
-Anda – pôs-lhe a mão sobre os ombros – Tens saudades de
Hogsmeade? Vamos lá beber uma cerveja de manteiga. Ou um uísque de fogo, se não
nos apanharem, claro… Afinal só temos 17 anos…
Riu-se para o amigo que ainda
parecia inconformado e apanhado de surpresa e começaram a caminhar em direcção
ao infinito. Após um longo silêncio (já mal se distinguiam as suas silhuetas) o
Sirius apontou:
-Sabes, James, és o meu melhor amigo.
-E tu o meu, Sirius,
e tu o meu…


Personagens da JK Rowling, inspirado no 5.º livro da série Harry Potter (A Ordem da Fénix). Nada disto é real ou sequer corresponde à ficção criada pela autora da saga.
Espero que não achem nem muito triste nem muito mal escrita. Lembrei-me disto ontem quando me estava a sentir especialmente nostálgica.

domingo, outubro 21, 2007

Para quê conspirar?

Por muito que eu conspire, nunca serei capaz de produzir nada deste gabarito!

Atenção, conteúdo explícito badalhoco


Akon feat Boss AC, I Wanna Love You


I see you windin and grindin up on that POLE,
I know you see me lookin' at you and you already know
I wanna love you, you already know
I wanna love you, you already know (girl)

Esta tanta gente aqui só nos vejo aos dois
Troco uma rima por outra, fico á toa e depois
Desconcentrei-me esqueci-me do mundo assim que te vi
Como se estivesse em palco a cantar só pra ti
Leio o teu olhar, os teus lábios pedem os meus
Quero vê-los mais logo a gritar por deus
Tua cara não me engana, tu sabes que eu sou guloso
O teu corpo é fabuloso
Pousa aqui que eu estou ansioso
Vai ter comigo ao camarim
Tenho um jacuzzi só pra mim
Duche tomado, dei-te tudo tão bem dado
Cuidado não chames AC ao teu namorado

I see you windin and grindin up on that POLE,
I know you see me lookin' at you and you already know
I wanna love you, you already know
I wanna love you, you already know

Shorty I can see u aint lonely handfull of niggas n they all got cheese,
So u lookin at me now whats it gonna be just another tease far as i can see,
Tryin get you up out this club if it means spendin' a couple dubs,
Throwin bout 30 stacks in the back make it rain like that cuz i'm far from a scrub,
You know my pedigree, ex-deala use to move phetamines,
Girl I spend money like it don’t mean nuthin n besides I got a thing for you.

I see you windin and grindin up on that POLE,
I know you see me lookin' at you and you already know
I wanna love you, you already know
I wanna love you, you already know

Shhh, não há duas sem três
Quero mais, rewind começa tudo outra vez
Esse sorriso na cara denuncia que tu gostas
As unhas são tuas, são minhas as costas
Á vontade, é tudo nosso
Querida senta, dança este som enquanto beijo esse 40
Ouço aguinha a cair, ta calor aí dentro
Eu vou entrar sem pedir

Girl n while your looking at me im ready to hit the caddy right up on the patio move the patty to the caddy,
Baby you got a phatty the type i like to marry wantin to just give u everythin n thats kinda scary,
'Cause I'm lovin the way you shake your ass , bouncin', got me tippin' my glass,
Lil' mully dont get caught up to fast but I got a thing for you.

I see you windin and grindin up on that POLE,
I know you see me lookin' at you and you already know
I wanna love you, you already know
I wanna love you, you already know

I see you windin and grindin up on that floor,
I know you see me lookin' at you and you already know
I wanna love you, you already know
I wanna love you, you already know


Não tenho rigorosamente nada contra os autores da música, mas desculpem, faz-me rir...

Dumbledore???

Então JK Rowling e meu Sirius Black não é contemplado nas revelações bombásticas? Isso é discriminação!

Afinal o romance com a Madam Pomfrey não vai dar certo...

quinta-feira, outubro 18, 2007

Curta reflexão

Hoje deve ter sido o primeiro dia em que caiu em mim a realidade de frequentar um curso de Medicina. Não pensem que vou contar uma experiência alegre que mudou a minha vida de forma irreversivelmente positiva e apaixonada. Talvez pelo contrário.
Choca-me sempre acordar e tentar perceber o que ando a fazer neste mundo e hoje sinto-me especialmente baralhada.
Vou contar, que isto para introdução já se alongou muito. Pela primeira vez entrei numa enfermaria para ter uma aula com um doente (sim uma pessoa a sério como eu e como vocês). Fui fazer um electrocardiograma com os meus colegas de turma e passei o resto do dia a filosofar se um dia poderei ser útil às pessoas da maneira que esperam de mim.
Enfim, devaneios da alma que apenas servem para concluir que cheguei ao ponto de não-retorno: não posso voltar atrás porque não quero.

Até que ponto é que fui sincera: tudo na vida é verdade dentro de uma determinada extensão.

Mesmo não sendo Domingo


Sinto que o meu silêncio é maior que eu, de sua eloquência avassalador.
As minhas lágrimas jamais falarão por ele, porque o meu silêncio é mais que o sofrimento.
Os meus suspiros não se fazem ouvir mais, porque o meu silêncio é mais que a angústia.
As minhas palavras não têm mais vigor que, porque o meu silêncio é mais que indignação.
Não sei o que dizer ou o que pensar, apenas não quero acreditar.
Nunca julguei poder estar tão enganada, e no entanto estive-o durante tanto tempo. Nunca pude imaginar que memórias tão felizes se pudessem tornar fel para o meu coração.
Nunca conjurei um único pesadelo tão realista, nunca quis acreditar que por dentro há gente que está podre, mas que por fora não se dá por nada.
Nunca contei ser eu a cair nesse erro - afinal sou eu a desconfiada... E com tanto tempo de convívio aí é que não era mesmo que esperar que houvesse margem para dúvida.
Não me quero afogar na mágoa - deixo isso para os que são melodramáticos, mas de vez em quando esqueço-me de mexer as pernas e momentaneamente deixo a tona onde ainda tenho podido habitar.
Que triste desabafo e que triste sítio para desabafar.
Aos meus amigos, que fizeram tudo o que é possível - concordar comigo - e que acreditem já é muito. Negaram a minha suposta condição psiquiátrica, devo-vos a minha sanidade contestada.





[A ler: António Nobre, Só; e a compreender como ninguém]
[A ouvir: Death Cab For Cutie, Marching Bands of Manhattan]
[A estudar: Neuroanatomia, mesencéfalo]


PS- Não tenho paciência para os que me dizem a toda a hora como deveria escrever... Ou é assim ou não é, lamento, já passei a idade de mudar (ou simplesmente ganhei teimosia).

sábado, outubro 13, 2007

Calma


Hoje não estou para me preocupar. Desculpem-me a expressão, mas é verdade.
Só me apetece estar sentada, a escrever e a inspirar o perfume da minha camisola. Ao longe soa uma música que convida ao sossego e os meus olhos pesam de sono.
Não me ralo, respiro devagar e faço de conta que nem reparo nas horas a passar. Na verdade, é raro este meu estado de espírito, esta minha ausência completa de atribulação. Não quero estragar porque decerto é efémera.
A luz dourada banha o meu quarto com uma beleza algo celestial. Pergunto-me como será esse lugar donde vem toda a luz.
Devagarinho fecho os olhos e vou lá ter num sonho nunca antes descrito.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Novas conspirações

Surgiram dois novos personagens de ficção, ao que parece:

O Super Doutor, um heterónimo do Eduardo Pato

e

Doutor Draculy.

Consta que estes personagens assombram as aulas da Faculdade de Medicina e não deixam um Repolho concentrar-se como deve ser (quer dizer, o que também é difícil, uma vez que os repolhos não têm sistema nervoso).
Sou uma vítima.