domingo, abril 22, 2007

Liberdade

Quem me dera estar num morno prado verde, cheio de sol, relva e flores! Quem me dera estar numa bela e verdejante colina cheia de sombras escondidas e um céu azul com umas dóceis nuvenzinhas a pastar calmamente até ao horizonte, com uma belíssima vista para um lago calmo e platinado.
Todo o local teria de ser banhado por um ar plácido onde uma fraca brisa brincaria com os meus cabelos e me refrescaria do sol morníssimo.
Quem me dera estar num desses paraíso de calma e de liberdade, seria com certeza muito melhor do que estar aqui presa e abandonada neste desterrado lugar sem sol nem flores, sem relva nem lago, sem brisa nem montanha; quem me dera poder sair e voar por esse mundo fora, ser livre, verdadeiramente livre!

Inês Maio – Outubro/Setembro 2003



Como eu gostava das aulas de inglês =D. Fiquei de castigo ou lá o que foi por não só estar a escrever durante a aula como também passar o meu caderno à Sara para ela ler. E pensar que escrevi a Vespertine nas aulas de português... O que me valeu é que a professora não leu...

Nasceste numa manhã como se fosse um lugar branco

Nasceste numa manhã como se fosse um lugar branco
e as mãos entranharam-se em ti para te dar à luz.
Mas não te deram asas no dia em que nasceste.
Nem te deram luz. Deram-te uma ferida e um coração
de carne e tiveste de aprender a ver através das
superfícies. Não te disseram que morrerias, nem
te deram um lugar branco onde pudesses morrer.
Tiveste que aprender que nunca é de manhã quando
se morre e que as mãos já não se entranham em ti,
mesmo que morras luminosamente.

Deram-te à luz,
mas não te deram asas no dia em que nasceste. Nem
te deram luz. E tiveste de aprender sozinho o ofício
de morrer. E um dia pareceu-te excessivamente escuro
o mundo, excessivamente escuro para ser manhã. E a luz
a que te deram quando nasceste pareceu-te um clarão
fóssil, excessivamente longe para o ofício de voar.



[José Rui Teixeira, Oráculo]

segunda-feira, abril 16, 2007

Mas que esta?

Tu, como objecto algo distante e muito pouco materializado da minha paixão tens, segundo todos os códigos de honra de permanecer perfeitamente ignorante e silencioso relativamente isso.
Que tipo de paixão platónica neo-medieval posso eu ter por ti se tu sabes, opinas e até aceitas tudo isto? Claro que não sabes, mas mesmo assim descuidaste-te! Ao deixar-me uma clara mensagem de incentivo estás a desonrar-te irreversivelmente.
Não me venhas com argumentos que foi coincidência, que de nada sabias, que decidiste tornar publica aquela impúdica mensagem de claro incentivo por um acaso do destino. Em acasos não acredito eu, ou não te amaria assim. E uma cavaleira não deixa um Senhor desonrado. Compreendes então o dilema em que me deixas?
É gravíssimo que encorajes este amor platónico, corre o risco de se tornar real, de destruir todo o imaginário de uma vida por um amor impossível "Oh senhora minha dade-me antes a Morte" [dizia o meu livro de Português há muito muito tempo].
Bem vêdes Senhor o perigo em que pondes esta simples cavaleira. Não tenho outra demanda que não seja Vossa Senhoria, tirai-me isso e ficarei perdida.
Por favor, não me encorajes, pode ser fatal.


E vem sempre o desprezo "como se eu gostasse de ti de qualquer das maneiras", mas há desígnios que apenas ao coração dizem respeito.

domingo, abril 15, 2007

Um texto antigo

A confusão dos meus dias.

Estou aqui nesta tarde de sábado, depois de muitas horas a estudar matemática e com o meu cérebro perto da implosão, a concluir que todos os meus amigos estão ‘offline’ ou ausentes.
Todos desapareceram sem deixar recado, todos menos eu.
Tiro os óculos, esfrego os olhos para acordar a mente e bocejo preguiçosamente. O que é que eu estou aqui a fazer?
O meu quarto está um autêntico campo de batalha. Os cadáveres dos livros das disciplinas já derrotadas por mim naquela tarde estendem-se pelo tapete quase totalmente oculto por eles. A minha cama acumulou tantos destroços que nem os posso contar. Os inimigos que ainda não defrontei reúnem-se ordeiramente no alto da colina da cómoda, prontos a atacar-me pelas costas. Os armários juntam-se a um canto, cheios, a abarrotar como bombas prestes a explodir, para negociar a paz comigo. O puff também ele mutilado e pejado de destroços dos vencidos fora abandonado num local perigoso. Sem dúvida que o pior é a minha secretária: o teclado do computador equilibra-se precariamente no canto, como um pára-quedista desafortunado; as pilhas de papéis deixam, de vez em quando, que um elemento das suas fileiras tombe por terra; as aparas de borracha reúnem-se em montes que se assemelham a tufos de erva maltratada; em frente a mim o canudo da minha “compostela” ergue-se como uma torre de aviação e o monitor, ladeado pelas colunas é o meu quartel-general.
Chega aos meus ouvidos a voz sussurrante do Chris Martin “Hoping that everything’s not lost”, irónico, sem dúvida, é tudo o que eu não espero, aliás já não espero nada. Tudo está já perdido, com todas aquelas debandadas das minhas tropas nada há a fazer… “Todos offline”, pensei, “ e agora, o que vou fazer sem ninguém para me ajudar. Tenho um exército de livros a atacar-me, por certo vou ser vencida!”.
Suspiro e volto-me desconfortavelmente na cadeira, tenho de negociar as tréguas, não posso continuar assim, mas eles não parecem dispostos a um acordo, o que fazer?”
Parto à batalha, que afinal já está a acontecer, estou desde o início da página a defrontar-me com o general “língua Portuguesa” e ganhei!


Inês Maio Gonçalves

29/05/04



Sempre gostei dele ;P

As batalhas que travamos

Por todas as guerras sem sentido que chacinam milhares de inocentes.

Se centenas de soldados se perfilassem mortos, ensaguentados, com os seus lindos uniformes rasgados, cobertos de sangue, com as suas armas descarregadas, os olhares fixos no chão e os braços caídos seriam um espectáculo impressionante.
Se todos esses soldados se abraçassem às suas famílias a partir dos seus caixões, se os seus lábios gelados tocassem por uma última vez na pele quente e juvenil dos seus filhos, se todos eles chorassem de novo nos ombros daqueles que os amaram em vida e amarão agora mortos dar-nos-iam naúseas nas nossas consciências pesadas.
Se todos esses mortos marchassem para as cabeças dos que os mataram ao declarar a guerra à paz das suas vidas em nome de deus e outros valores monetários causar-lhes-iam pesadelos de morte. Jamais voltariam a dormir.
Se todos eles clamassem que eram os mortos errados, que tinham sido colhidas as vidas mais inocentes, as que nada tinham a ver com aquele estúpido conflito, as que foram mobilizadas por tiranos (democráticos ou não), encorajados por abutres, se ele gritassem "Só morremos porque não somos os vossos filhos", às suas vozes juntar-se-ia o choro dos vivos que os perderam.
Mas os mortos nao falam, não se mexem, não choram, não marcham. Os mortos estão mortos, mas tão mortos que jamais tirarão o sono aos seus assassinos. Apenas vivemos nos corações dos que nos amam (quer respiremos, quer depois da azáfama metabólica do nosso corpo cessar para sempre). É tão injusto que só sofram aqueles que nos deram a vida. É tão injusto que só morram os filhos dos outros. E os pesadelos nascem nos corações das mães que por um golpe cruel do destino deixaram de o ser - perderam o seu filho. Apenas elas mergulham no sono atormentado de ter a vida em pedaços.
E Deus (o verdadeiro) chora tanto que nem tem coragem de dizer "«Mulher, aí tens o teu filho.» e depois (...) ao discípulo «Aí tens a tua mãe»"[Jo 19, 27] e nenhum discípulo as poderá acolher em sua casa.
E não diz porque espera que tudo acabe, que estas mães façam das tripas coração e incendeiem o Mundo que lhes roubou a razão para viver. Mesmo sabendo que não pode pedir isso, mesmo sabendo que vão ganhar os do costume.
E no entanto quando alguém chama pelo nome de deus e dos outros valores monetários (câmbios apenas ao olho humano) há sempre quem dê palmadinhas nas costas ao assassino, quem grite de júbilo, quem apoie a carnificina.
E nem falo dos civis.
Os mortos estão mortos, mas tão mortos que não entram nos sonhos dos assassinos.
E Deus? Deus chora e espera pelo dia que vamos incendiar o Mundo com o revolucionário conceito de paz.


Porque isto não passa de uma fantochada para alguns ganharem muito à custa da vida dos outros. Que triste teatro que encenamos.

Os mortos estão mortos, mas tão mortos...

Mesmo sobre coisas sérias

Às vezes na nossa vida decidimos abruptamente não deixar de ser adolescentes. Passo a explicar: por algum motivo que nos é alheio achamos que temos uma causa pela qual devemos lutar. Por mais que isso pareça absurdo numa sociedade em que a mentira vale tanto que nem o nosso Presidente da República acha grave que o Primeiro-Ministro seja uma fraude. Quanto a isso não avanço mais, com certeza que muitos apoiarão o Sr Primeiro-Ministro e não tenho interesse em transformar este blog num campo de batalha por causa de um simples indivíduo.
Há portanto alturas que sentimos que devemos lutar por aquele motivo, porque de facto nos incomoda, porque temos de mudar.
Hoje à trade estive a ver um programa de televisão sobre Fátima e fiquei com a nítida sensção que (embora não tenha sido neste momento revelador que cheguei a esta conclusão, já tenho vindo a pensar nisto há vários anos) existe um paganismo vigente entre os católicos que é encorajado pela própria igreja. Enfim, mas deixemos a adolescência de lado e está tudo bem outra vez.
Esta grande introdução foi portanto inconclusiva, apenas um desabafo altamente desinteressante.
Como correu a Páscoa? Bem? Grandes férias, não?
Eu gostei, sabe sempre bem descansar.
Sexta feira estive com a Mariana, com a Ana e com a Sofia, que saudades que tenho delas!*** Beijinhos

De volta ao trabalho

sexta-feira, abril 06, 2007

Sentir-me cinzenta

"Estás com má cor. Estás preocupada?"
Não vejo porquê, mas estou muito.
Tira-me o sono, a fome, a vontade.
E preocupo-me com isso.

quinta-feira, abril 05, 2007

"What Goes Around... / ...Comes Around Interlude"

Hey girl, is he everything you wanted in a man?
You know I gave you the world
You had me in the palm of your hand
So why your love went away
I just can't seem to understand
Thought it was me and you babe
Me and you until the end
But I guess I was wrong

Don't want to think about it
Don't want to talk about it
I'm just so sick about it
Can't believe it's ending this way
Just so confused about it
Feeling the blues about it
I just can't do without ya
Tell me is this fair?

Is this the way it's really going down?
Is this how we say goodbye?
Should've known better when you came around
That you were gonna make me cry
It's breaking my heart to watch you run around
'Cause I know that you're living a lie
That's okay baby 'cause in time you will find...

What goes around, goes around, goes around
Comes all the way back around
What goes around, goes around, goes around
Comes all the way back around
What goes around, goes around, goes around
Comes all the way back around
What goes around, goes around, goes around
Comes all the way back around

Now girl, I remember everything that you claimed
You said that you were moving on now
And maybe I should do the same
Funny thing about that is
I was ready to give you my name
Thought it was me and you, babe
And now, it's all just a shame
And I guess I was wrong

Don't want to think about it
Don't want to talk about it
I'm just so sick about it
Can't believe it's ending this way
Just so confused about it
Feeling the blues about it
I just can't do without ya
Can you tell me is this fair?

Is this the way it's really going down?
Is this how we say goodbye?
Should've known better when you came around (should've known better that you were gonna make me cry)
That you were going to make me cry
Now it's breaking my heart to watch you run around
'Cause I know that you're living a lie
That's okay baby 'cause in time you will find

What goes around, goes around, goes around
Comes all the way back around
What goes around, goes around, goes around
Comes all the way back around
What goes around, goes around, goes around
Comes all the way back around
What goes around, goes around, goes around
Comes all the way back around

What goes around comes around
Yeah
What goes around comes around
You should know that
What goes around comes around
Yeah
What goes around comes around
You should know that

Don't want to think about it (no)
Don't want to talk about it
I'm just so sick about it
Can't believe it's ending this way
Just so confused about it
Feeling the blues about it (yeah)
I just can't do without ya
Tell me is this fair?

Is this the way it's really going down?
Is this how we say goodbye?
Should've known better when you came around (should've known better that you were gonna make me cry)
That you were going to make me cry
Now it's breaking my heart to watch you run around
'Cause I know that you're living a lie
But that's okay baby 'cause in time you will find

What goes around, goes around, goes around
Comes all the way back around
What goes around, goes around, goes around
Comes all the way back around
What goes around, goes around, goes around
Comes all the way back around
What goes around, goes around, goes around
Comes all the way back around

[Comes Around interlude:]

Let me paint this picture for you, baby

You spend your nights alone
And he never comes home
And every time you call him
All you get's a busy tone
I heard you found out
That he's doing to you
What you did to me
Ain't that the way it goes

When you cheated girl
My heart bleeded girl
So it goes without saying that you left me feeling hurt
Just a classic case
A scenario
Tale as old as time
Girl you got what you deserved

And now you want somebody
To cure the lonely nights
You wish you had somebody
That could come and make it right

But girl I ain't somebody with a lot of sympathy
You'll see

(What goes around comes back around)
I thought I told ya, hey
(What goes around comes back around)
I thought I told ya, hey
(What goes around comes back around)
I thought I told ya, hey
(What goes around comes back around)
I thought I told ya, hey

[laughs]
See?
You should've listened to me, baby
Yeah, yeah, yeah, yeah
Because
(What goes around comes back around)


Prometo que não voltarei a dançar/cantar nas aulas de intromed. Sobretudo pimba!

[A culpa é da Daniela]

[não não é, é minha mesmo]

Nhé...

Das posições anatómicas dos monitores

O post não tem nada a ver com o título, como seria de prever. Ninguém tem culpa de ser disléxico ou até achar que os computadores têm posição anatómica e então a verdadeira esquerda é a direita de quem está de costas para o observador, não é Tiago? Bem não vou ser "mais má" contigo se tu não fores "mais mau" comigo, porque lá no fundo até és boa pessoa (mas no fundo ou posteriormente??).
Tudo isto só para fazer publicidade o explosivo novo blog do Estarreja (FMUP, para quem é de fora, lá do caaampo)
Blog do Estarreja, de momento ainda não tem muito conteúdo, mas também estamos a começar não é? Muito blog para ti!

O que tenho eu para dizer? Já começaram as férias da páscoa, upa upa, muito que fazer como o costume, mas vai chegando algum tempo para descansar.
Bem acho que com isto vos deixo!

quarta-feira, abril 04, 2007

Não sei o que pensar

Sobre a nova Skin.
Falta-me o meu braço direito para decidir.
Skin velha ciosamente guardada...
A vida é um mistério.

domingo, abril 01, 2007

Novo?

Queria peguntar o que acham.
Devo mudar a skin para esta:

Preview

Preview


Ou não?

nhe.....