segunda-feira, abril 16, 2007

Mas que esta?

Tu, como objecto algo distante e muito pouco materializado da minha paixão tens, segundo todos os códigos de honra de permanecer perfeitamente ignorante e silencioso relativamente isso.
Que tipo de paixão platónica neo-medieval posso eu ter por ti se tu sabes, opinas e até aceitas tudo isto? Claro que não sabes, mas mesmo assim descuidaste-te! Ao deixar-me uma clara mensagem de incentivo estás a desonrar-te irreversivelmente.
Não me venhas com argumentos que foi coincidência, que de nada sabias, que decidiste tornar publica aquela impúdica mensagem de claro incentivo por um acaso do destino. Em acasos não acredito eu, ou não te amaria assim. E uma cavaleira não deixa um Senhor desonrado. Compreendes então o dilema em que me deixas?
É gravíssimo que encorajes este amor platónico, corre o risco de se tornar real, de destruir todo o imaginário de uma vida por um amor impossível "Oh senhora minha dade-me antes a Morte" [dizia o meu livro de Português há muito muito tempo].
Bem vêdes Senhor o perigo em que pondes esta simples cavaleira. Não tenho outra demanda que não seja Vossa Senhoria, tirai-me isso e ficarei perdida.
Por favor, não me encorajes, pode ser fatal.


E vem sempre o desprezo "como se eu gostasse de ti de qualquer das maneiras", mas há desígnios que apenas ao coração dizem respeito.

1 comentário:

Shaolan disse...

Mas, minha senhora, voz acreditais sinceramente na existência de um amor impossível?
E mesmo existindo esse amor, não será digno de uma cavaleira (dignidade reservada aos detentores deste titulo) lutar sempre por tornar possível o impossível? E lutar pelo amor contra tudo, todos, até mesmo a razão se necessário?
Mas estas são as palavras de um humilde sábio imbuído em ignorância. Peço-vos: não as tomais como verdades mas sim como palavras de um qualquer jovem pajem.

:D
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