domingo, setembro 24, 2006

Novembro de 2005

Já há quase um ano que estou neste servidor... alegra-me ter feito um bom trabalho... Em Janeiro celebro os 2 anos de blog.
Back then, eu criei isto só para ver como era, daí a tornar-se uma necessidade básica para sobreviver foi um saltinho.
Obrigado a todos os que leram e comentaram, bem como os que cooperaram mais de perto.
Dêem-me as vossas opiniões sobre a Undo.
kiss kiss

sábado, setembro 23, 2006

Undo

Um vento frio arrepiou-lhe os pêlos dos braços.
Chovia copiosamente, em
cordas grossas, espaçadas, com gotas pesadíssimas que caíam com estrago sobre os
coqueiros aninhados pela tempestade. A areia, antes muito branca era agora
cinzenta e adquirira uma consistência pastosa, impregnada daquela água
diluviana.
O Aki deixou-se estar deitado na cama de rede com os olhos fixos
no horizonte cinza-escuro. O mar chão daquele paraíso perdia a forma contra
aquele céu tão escuro.
Cheirava a molhado, uma mistura de mofo, de mágoa e
de água de côco, uma sensação que deixava um travo frio no corpo, como um
arrepio inexplicável. Se fechasse os olhos ouvia sereias a chorar por entre as
ondas, o embate da chuva e o gemido triste do vento.
Na alma dele também
chovia. E trovejava. E ciclones varriam-lhe o peito, fazendo-lhe tremer as
memórias.
Após tanto tempo de exílio o que mais queria era voltar a casa.
Sentir o calor dos abraços dele em torno da sua cintura. Nada melhor havia no
Mundo que o seu abraço. Que a paz que ele trazia. Que a sensação de conforto, de
graça, de plenitude que era estar com o Lauri.
A casinha de praia em que se
instalaram ficava a meio planeta de distância do seu amor. Quando aqui chegara
certificou-se que ficaria mesmo sozinho, pois não havia vida humana em redor,
nem casas nem gente e muito menos turistas. Para chegar à civilização tinha um
longo caminho até à estrada onde passava a camioneta, e depois disso, uma
interminável viagem por entre a selva virgem. A solidão tinha-lhe trazido a paz
que necessitava, conseguiu limpar o espírito e ver melhor.
Levantou-se e
escorreu os olhos por aquele paraíso de luto. Nada parecia mudar ali. Há
centenas de anos que aquele mar se espraiava naquela areia, que aqueles pássaros
cantavam aquelas melodias, que o lindíssimo céu estrelado das noites quentes
permanecia calmamente vigilante.
Já fizera o que se propusera a fazer.
Estava na hora de voltar… E depois, só o destino o diria.


Era
mais um dia no meio daquelas semanas.
O Lauri foi ao mesmo café, do mesmo
terminal, do mesmo aeroporto. Sentou-se na cadeira do costume com a chávena na
mão e propôs-se a esperar.
Há semanas que aguardava que o Aki voltasse. Não
sabia para onde tinha ido. Não sabia quando vinha, nem se o veria no meio
daquele turbilhão humano. Mas acreditava que sim.
Todos o chamaram doido,
tentaram que fosse visto por um médico, inclusive. Tudo fizeram para que
deixasse aquele terminal. Mas lá estava ele. Desde manhã, pouco após o primeiro
voo, até à noite, depois do sol se pôr.
Hoje teve o pressentimento que devia
esperar até mais tarde, e por isso comprou uma sanduíche para o jantar.
O
tempo passa sempre devagar quando se espera, em especial se não se sabe o que se
espera. No entanto, ele tinha quase a certeza que hoje voltava a ver o seu amor.
E tudo recomeçaria.
Do altifalante ouviu-se o avisar que um voo vindo de
Frankfurt acabava de aterrar.
“Tudo o que pela Europa passa, passa por lá,
por Zurique, Londres ou Paris” e era nesses voos em que o Lauri depositava a sua
maior esperança.
Sem saber porquê as palmas das suas mãos começaram a ficar
suadas e o seu olhar outrora cansado mais atento.
Pareceu uma eternidade até
começarem a sair passageiros.
Gritos de alegria invadiram o átrio quando
famílias se reencontraram, os sorrisos dos amigos que se cumprimentavam
contagiaram todo o redor; uma inexplicável plenitude apoderou-se dos presentes.
Então viu-o. E teve a certeza que ele o viu também. Trocaram um olhar
intenso que significou o Mundo e a Vida.
O Aki foi-se aproximando, do outro
lado da fita de segurança, nunca desligando os seus olhos dos olhos dele.
Quando enfim se encontraram frente a frente, o recém chegado murmurou:
-Desculpa…
Mas o Lauri nem o ouviu. Abriu os braços num abraço e os
lábios num sorriso. Apertou-o contra o coração e apenas lhe sussurrou:
-Bem-vindo a casa, meu amor.




Para o meu amor. Espero que gostem tanto quanto eu, que adoro esta música e esta história.

Beijos

THE RASMUS COVERS ABBA

The Rasmus have recorded a version of ABBA's classic hit "S.O.S." for the
compilation album "Come Together - a tribute to BRAVO", released in Germany
September 29. The track was recorded in Helsinki, produced by the band and mixed
by Michael Ilbert in Berlin.
The band comments on "S.O.S.": "We were asked to
do a song for this compilation and Pauli got this idea on an arrangement for an
ABBA track. We recorded it very fast in Dynasty Studios when we had a couple of
days break in the tour. It came out pretty ok, a little rough, and it is nice to
do these little things in between the albums, without the big production machine
around it.



[retirado de The Rasmus.com 22.09.06]

É que não vou dizer mais nada..........

quinta-feira, setembro 21, 2006

Lagosta, sim sr =)

Estou oficialmente inscrita na faculdade de Medicina :).
Ontem reencontrei toda a gente da ciência viva 2005, uma vez que me convidaram para um jantar comemorativo dos seus mais recentes sucessos. Eheh, comemos arroz de lagosta, só luxo!
Esta semana vai ser divertida, e vou poder voltar a ver os meus colegas que vão estudar para fora da cidade! hurray! Espero que se dêem bem por onde vão, que nós aqui vamos morrer de saudades.
Continuo sem saber do meu mp3 :(, acho que posso dizer com certeza que está perdido... bah, já disse que gostava dele como de um animal de estimação.
A sodona Pikas é muito à frente, parabéns para ela mui mui dread.
Um grande viva para todos aqueles que entraram na faculdade e um viva também para os outros, boa sorte para o ano ;).
*noddy* *noddy*
Mister Bernardo tentou roubar um livro na Fnac, não estivesse lá eu e seria uma valente trapalhada! Íamos a sair da loja e o mister esquece-se que tinha o Ásterix na mão.... Por sorte aquilo não apitou, se não acho que morria de vergonha :$
Estou na posse de um CD dos Strokes muito fixório! Yeah, acho que o vou ouvir muitas vezes mesminho.
Este post não faz sentido nenhum...
Quando a repolhíssima Mariana me ceder as fotos no meu dos meus familiares repolhos, eu as postarei :D

beijos, Inês

terça-feira, setembro 19, 2006

Pitósga, um simples camponês que se tornou filósofo

Era ma bez um campunês chamado Pitosga. O pitosga era conhecido por Pipi - pós
amigos - e por Osga – pós inimigos, que eram poucos graças a Zeus!
O pipi (meu amigo de infância) taba um dia a cabar quando l’aparece uma batata mais entradota – o Zeca Batata. O Zeca falava, o que é estúpido para uma batata, mas ele era do género intelectual.
-Ó Osga – isto começou mal, né verdade? – tu não me escaves a terrinha que eu tou aqui undercover numa missão secreta. – e ainda por cima tem a língua comprida, este Zequinha.
-Tu tás o quantas? – perguntou o nosso herói.
Mas isto o Zeca não ouviu, pois tinha puxado de um walkie-talkie e começou a comunicar com a base.
-Aqui 008, aqui 008. Chamo Cenoura 1.
“Cenoura 1 responde”
-Encontrei um campónio que me estragou a camuflagem. Repito. Estou exposto! Escuto.
“Mata o camponês. Repito. Mata o campónio. Over and Out”
-Olha, tu desculpa, mas eu vou ter de te matar.
-É pah, mas isso agora não me dava muito jeitinho.
-Não?
-Não. É que a minha miúda acho que gosta mais de mim vivinho da silva.
-É pá, mas eu tenho de cumprir ordens, ó osguinha…
-Ah bem, então fazemos assim: eu fuijo e tu dás um tiro pó ari “catrapumba”. Está benhe?
-Não, está mal! – o Zeca saca de uma sniper (leia-se se-ni-pere) e aponta para o nosso Pitosga. (In)felizmente o tiro saiu ao contrário (muito comum nas snipers das batatas) e atingiu o Zeca.
Enquanto contemplava o espião moribundo a esvair-se em seiva algo mudou na vida de Pitosga.
-Qual éi o xentidu da bidah?
Tinha-se tornado filósofo.
FIM


Publico esta comovente história em honra à Jojo. Graças a ela as nossas aulas de psicologia tiveram muito mais colorido, muito mais caricaturas e histórias idiotas como a supra.
Vou contar como esta surgiu.
Digo eu: "sou um bocado Pitósga"
E eis que o rosto da Jojo se ilumina num verdadeiro momento de inspiração artística.... "Pitósga... não vos parece assim nome de filósofo" destacou, lembro-me muito bem.
Apressadamente, e como o professor já lhe havia pedido aí uma 2000 vezes, vira-se para a frente........ e eis que surge o rosto, o corpo, a figura do Pitósga!
Daí até eu ter escrito isto, foi uma questão de puxões de papel, gargalhadas e umas quantas advertências.
Um Obrigado muito sincero à turma de Psicologia por terem sido sempre tão alegres.
Beijos