segunda-feira, maio 29, 2006

Eu ia postar sobre qualquer coisa...

Não há nada que chegue à estúpida normalidade! Nada como finalmente ter tempo para, calmamente, ir votar no caption contest, ver videos parvos no youtube e etc... MAS sucede que não tenho tempo, estou só com MUITO pouca vontade de estudar...
A foto do último post ficou mesmo muito mal, porque não tive tempo para a tratar, alias eu fiz o post do photobucket, mas como ficou uma verdadeira RSU tive de fazer o log in daqui e tentar apagar o fogo aqui.... preguiçoso tem o dobro do trabalho... ai...
Não actualizei a lista das músicas nem a imagem da semana, mas se tivesse mudado esta última teria posto os lordi quando ganharam o festival da canção! Há que ser original nos temas tratados num blog, não é verdade?
Daí eu nunca falar de:
  • Repolhos
  • Tony Carreira
  • Lordi
  • O que eu escrevo
  • A minha chata e desinteressante vida
  • Os fóruns inúteis em que ando a vaguear e a perder tempo...


Ai o teste de português, que descalabro, mas também quem é que se lembrou de pôr escolha múltipla na interpretção.... eu sei lá quantos homens é que a Blimunda viu! Enfim.... já me estou a ver a nadar numa piscina cheiiiiinha de água que eu meti :S...

AFI - Miss Murder

fiquem bem

domingo, maio 28, 2006

Lago

Finland

para honrar o país que ganhou o festival da canção com o magnifico hard rock halleluja, eis um lago da finlândia!
Gostava de escrever muito mais, mas estou super ocupada a estudar vacas com encefalopatia espongiforme bovina, afasias de Broca e as fases do Fernando Pessoa. Ei, belo sushi, Bernardo, só não me obrigues a comer aqueles toalhetes perfumados outra vez... :P

kisses

sexta-feira, maio 19, 2006

Its Not Up To You


O Aki pousou a chávena de café na superfície de alumínio frio da mesa. O som ressoou leve na confusão do terminal. O conjunto de copos de papel amassados que tinha à sua frente exalava um cheiro a tabaco que contrastava com a atmosfera perfumada daquele café de aeroporto.
“Ninguém respeita as áreas de não fumador”, pensou melancólico, porque encontrar pessoas com um cigarro na mão sempre lhe fizera lembrar o Lauri.
Suspirou e abriu o pacote de açúcar. Deixou a colher de plástico dar voltas e voltas no líquido negro, elaborando círculos concêntricos.
Uma multidão de pessoas passava diante dos seus olhos sonolentos. Executivos graves percorriam o corredor de forma expedita, com as suas malas de rodinhas sofisticadas no encalço. Jovens de aspecto excêntrico deixavam um arco-íris colorido por toda a parte, com as suas roupas de “freak” e as rastas pintadas. Famílias de diversas etnias caminhavam sérias e caladas, preparando-se para voltar a casa no fim das férias ou alegres e sorridentes, partindo para algum destino exótico.
Sempre lhe intrigara a consistência etérea, ar, efervescente, vertiginosa do terminal de partidas dos grandes aeroportos. Nunca se habituara ao vaivém e ao rebuliço destes espaços, por muitas voltas que tivesse dado ao mundo.
Hoje sentia-se particularmente estranho. Tinha-se forçado a partir, a deixar o seu país por uns tempos, para aclarar as ideias.
A sua relação com o Lauri degradara-se nos últimos tempos. Ele achava que gostava de uma rapariga e o Lauri achava que ele não estava a ser sincero.
Daí terem surgido as discussões a toda a hora.
Daí os sonhos em que o seu amor morria.
Daí este sofrimento, esta angústia.
A partir do momento em que deixara de o ouvir para, na sua cabeça, só soarem as suas lágrimas, tomou esta dolorosa decisão.
Sabia que na véspera o Lauri tinha ido dormir a casa, muito zangado. No dia do solstício de Verão. No dia em que tudo começara para os dois.
Sorvendo o líquido negro e amargo, o Aki perguntava-se se, de facto, o seu companheiro o amava.
Já não conseguia imaginar a vida sem ele. Já não havia o conceito de “casa” na sua mente sem que o Lauri fizesse uma corrida com ele do elevador até à porta, que abriam para se deixarem cair de costas e abraçados na entrada.
Muito pouco restava dessa união e cada vez mais duvidava da sua veracidade.
“O voo 3522 da Finnar parte com destino a Frankfurt da porta A19. Pedimos aos senhores passageiros que iniciem o embarque.” Chamou uma voz feminina do altifalante.
O Aki pegou na mochila, pô-la às costas aproximou-se do fundo da fila do embarque com o bilhete e o passaporte nos dentes, enquanto ajustava as alças.
Passou pela manga e por um grupo de hospedeiras sorridentes que o cumprimentaram e sentou-se no lugar que lhe estava destinado.
Reclinou-se na cadeira e fechou os olhos. Por muito que tivesse reflectido esta ainda não lhe parecia a solução certa.
Iniciaram-se os avisos de segurança e a divulgação do plano de emergência, o Aki apertou o cinto e olhou lá para fora. Em breve, a paisagem idílica do seu país natal se estendeu até onde os seus olhos alcançaram, com as árvores a diminuírem de tamanho até não se distinguirem no emaranhado verde.
Agora já não havia retorno para a decisão que tomara... As lágrimas assomaram-lhe aos olhos e chorou, em silêncio, até adormecer.

E cá está ela, a mítica, a desejada! No próximo capítulo vamos ficar a saber quem é a moçoila que anda atrás do Aki (Pikas???), qual a chave do euromilhões e muuuuito mais.

Próxima história chama-se 'Undo' vamos lá ver o que é que eu vou desfazer nesta trama.... será o mal-entendido ou será o amor que os une? Rice opina 'não quero um final feliz' e vós? Que dizeis?

Tou tao deprimida

Correu-me mal o teste de química e não consigo deixar de me sentir culpada, mesmo sabendo que algumas coisas simplesmente escapam ao nosso controlo.
Vim aqui basicamente tentar fugir a tudo o que tenho para fazer...
Pus o endereço do blog no meu nick do MSN.... não me sinto nada confortável com isso.... acho que vou tirar, não suporto a ideia de alguém que eu não quero ler esta página....


Vou deprimir pa outro lado....
Ah, e ainda não passei a limpo a 'It's not up to you'

domingo, maio 14, 2006

The Beginning Of The End

Your world is coming to it's end
But you don't have to be afraid
- I'm here for you

Save your happiness for tomorrow
And today we'll drown in your tears
A drop of your blood tastes like wine today

Come closer my dear
It is just the beginning of the end
Yes, I'm here for you

Save your happiness for tomorrow
And today we'll drown in your tears
A drop of your blood tastes like wine today

And because I love you so
And I'm here for you

Save your happiness for tomorrow
And today we'll drown in your tears
A drop of your blood tastes like wine today
Save your happiness for tomorrow
And today we'll drown in your tears
Your blood tastes like life today

Will you let it rain
Let it rain
So won't you let it rain
Oh, let it rain
Won't you let it rain

domingo, maio 07, 2006

Sem nenhum título em especial...

Hoje é dia da mãe! Iupii, beijinhos para ti mãmã querida ****
Na sexta-feira acabou a semana do teatro das almas da lua e o Romeu que eu conheço mostrou quão espectacular é. Claro que ele não percebeu os meus elogios, por isso vou ser mais directa:
Adorei ver-te em palco, e se lá estive foi por tua causa e jamais deixaria de ir, por tua causa, entendeste? ;)
A sodona Né e a sodona Mariana também foram extraordinárias! pensei que morria abafada de tanto rir com os vossos Zézé e Tony.
A Gabriela foi para mim a maior surpresa, nunca imaginei que aquela rapariga escondesse uma actriz tão expressiva... "Agatha, sim..."
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Ontem estive a ler as letras do CD Vespertine, e até agora a coincidência entre o que a Björk escreveu e o que eu elaborei a partir das músicas tem sido interessante, não li no entanto as letras seguintes porque estragar-me-iam as ideias que já aqui tenho cozinhadas.
Muito obrigada pelos comentários daqueles que leram a Cocoon, vocês sabem que são especiais para mim, e que escrevo daquilo só enquanto quiserem ler.
Ah, e sim, tinha pensado num final triste, uma vez que só esses é que são autênticos.
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Audição aproxima-se... este ano não vou tocar :(
Fui ao concerto "organum e vox" dos finalistas do conservatório do Porto de órgão e voz. Foi extraordinário! Loved it!
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Não sei que vos diga mais, aliás não posso empatar mais do que o que já fiz ao longo de todo este post desconexo.

Ps- Santiago à vista, talvez, talvez

Razorblade Kisses

segunda-feira, maio 01, 2006

Cocoon


O sol erguera-se cedo essa manhã e os raios risonhos que penetravam pelas frinchas da persiana do Lauri não lhe deram trégua ao sono já leve e algo inquieto.
Acordou do sonho que estava a ter, perdido nos lençóis brancos de algodão-doce para onde tinha mergulhado na véspera.
Era Verão, ele mal pudera esperar por este dia. Pela hora em que o suave calor lhe envolvesse a pele com a carícia de um beijo e a doçura de um pêssego maduro. Não aguentou mais a espera e saiu de casa. Assim mesmo: de boxers e T-Shirt; para se vir sentar no jardim.
Mordiscando uma cenoura dura e levemente doce, sorriu. Nada lhe trazia melhores recordações do que aqueles primeiros dias de Junho.
Lembrava-se bem de quando, há muitos anos, tudo aquilo tinha acontecido.

Era o primeiro dia de Verão e ele estava apaixonado como só um adolescente consegue estar. O seu coração batia-lhe muito forte, as pernas tremiam-lhe e os seus olhos só viam flores, os seus ouvidos só ouviam música.
Ele e o Aki decidiram ir fazer uma pequena viagem de comboio para visitar uma amiga deles.
Estava calor e ele trazia uns calções rotos na frente e uma T-Shirt coçada de tanto lavar. Mas mesmo assim, aos seus olhos estava lindíssimo.
A viagem decorria naquela moleza de quem não quer que o tempo passe.
O Aki abriu a janela e o seu esplêndido cabelo castanho esvoaçava com o vento que se perdia nos carris. O Lauri não conseguia deixar de sorrir nem de olhar o fundo daqueles olhos azuis, o brilho daqueles lábios.
Quando o comboio parou saíram para a pequena aldeia em a amiga deles vivia.
Ali todas as casas eram de madeira pintada e todo aquele sítio respirava uma tranquilidade modesta, uma timidez de pequenas flores em vasos à porta e uma beleza de um lago parado, de água brilhante, mesmo na borda das casitas.
Quando acabaram a visita ficaram relutantes em voltar a para a cidade. O sol não se poria hoje, em memória do dia em que a Morte foi vencida talvez por uma figura de madeira ou por um rei de conto de fadas. Sentiram a excitação que provoca aquele fenómeno e acreditaram no fim do medo, da tristeza, acreditaram que a luz e a alegria reinariam para sempre em completa harmonia.
O Aki, embriagado nesta plenitude, quis saltar um muro para apanhar pêssegos de uma árvore tão carregada de frutos extraordinários que apenas a visão fazia salivar, quanto mais o suave cheiro que dela se desprendia, flutuando na brisa morna.
Saltaram portanto e subiram ao pessegueiro. Sentaram-se frente a frente comendo os frutos em silêncio, sentindo a doçura na boca, a textura da casca nas mãos e o sumo pegajoso, de um amarelo topázio inacreditável, a escorrer-lhes, prolongadamente pelos braços nus.
Foi assim que, de forma natural, sem discursos, sem lágrimas ou turbilhões de alma trocaram o seu primeiro beijo.
O Lauri lembrava-se bem de cada pormenor. Desde a suavidade dos lábios até à carícia da respiração dele, muito leve na sua.
Subitamente, o dono da casa apareceu no quintal, exasperado, gritando com eles, chamando-lhes ladrões de fruta e ameaçando-os com uma enxada.
Os dois rapazes saltaram dos ramos onde se tinham instalado e largaram a correr.
Quando pararam, já estavam do outro lado do lago, ofegantes.
Um riso miudinho tomou conta deles e depressa rebentaram em gargalhadas sonoras.
Empurraram-se mutuamente até que caíram por terra. Entre mais risos, o Aki acabou por adormecer no seu peito.
O Lauri lembrava-se de ter ficado muito tempo a contemplar a superfície dourada das águas, feliz por naquele dia não haver noite, mexendo nos cabelos daquele que mais adorava até que adormeceu também, cansado, mas em paz por sentir tão intensamente.


O sol já seguia muito adiante na sua trajectória quando o Lauri acordou do seu mutismo, transportando-se de volta ao presente.
Ele estremeceu. Algo lhe deixara, no entanto, um travo amargo de mau pressentimento no fundo da boca…

Para muito breve: o que aconteceu, na realidade dentro da casa da amiga, uma drama, uma história ardente que eu não vou poder escrever porque é só para maiores de 18 anos!

Aqui está a prova que, quando no cinema se fazem sequelas o segundo filme sai sempre uma caca. Estão à vontade para criticar e para me lançar flames quer nos comentários que eventualmente façam, quer no guestbook, que isso não me vai demover de continuar este projecto literário. "parece que o terceiro songfic é que vai ser giro..."

Iupiii loucura matinal a ouvir 'Gold Lion'. Isto depois de ontem ter tocado, após meses de silêncio, guitarra foi fenomenal.

Tenho de voltar à biologia, pois não quero morrer estúpida sem saber quais as funções do trofoblasto durante a nidação ou talvez qual é o factor de inibição de Müllerian.... Coisas giras. Giritas.

Só mais uma notita: Já decidi para que cursos me vou candidatar... Hum... Bioquímica até tem uma média bastante alta... DAMN, sou forçada a continuar a estudar.... E eu que tinha pensado tirara férias a partir deste momento :P

Portem-se bem, e eu agradeço a visita, oh espíritos do outro mundo, os únicos que me leem. Ehehe