segunda-feira, maio 01, 2006

Cocoon


O sol erguera-se cedo essa manhã e os raios risonhos que penetravam pelas frinchas da persiana do Lauri não lhe deram trégua ao sono já leve e algo inquieto.
Acordou do sonho que estava a ter, perdido nos lençóis brancos de algodão-doce para onde tinha mergulhado na véspera.
Era Verão, ele mal pudera esperar por este dia. Pela hora em que o suave calor lhe envolvesse a pele com a carícia de um beijo e a doçura de um pêssego maduro. Não aguentou mais a espera e saiu de casa. Assim mesmo: de boxers e T-Shirt; para se vir sentar no jardim.
Mordiscando uma cenoura dura e levemente doce, sorriu. Nada lhe trazia melhores recordações do que aqueles primeiros dias de Junho.
Lembrava-se bem de quando, há muitos anos, tudo aquilo tinha acontecido.

Era o primeiro dia de Verão e ele estava apaixonado como só um adolescente consegue estar. O seu coração batia-lhe muito forte, as pernas tremiam-lhe e os seus olhos só viam flores, os seus ouvidos só ouviam música.
Ele e o Aki decidiram ir fazer uma pequena viagem de comboio para visitar uma amiga deles.
Estava calor e ele trazia uns calções rotos na frente e uma T-Shirt coçada de tanto lavar. Mas mesmo assim, aos seus olhos estava lindíssimo.
A viagem decorria naquela moleza de quem não quer que o tempo passe.
O Aki abriu a janela e o seu esplêndido cabelo castanho esvoaçava com o vento que se perdia nos carris. O Lauri não conseguia deixar de sorrir nem de olhar o fundo daqueles olhos azuis, o brilho daqueles lábios.
Quando o comboio parou saíram para a pequena aldeia em a amiga deles vivia.
Ali todas as casas eram de madeira pintada e todo aquele sítio respirava uma tranquilidade modesta, uma timidez de pequenas flores em vasos à porta e uma beleza de um lago parado, de água brilhante, mesmo na borda das casitas.
Quando acabaram a visita ficaram relutantes em voltar a para a cidade. O sol não se poria hoje, em memória do dia em que a Morte foi vencida talvez por uma figura de madeira ou por um rei de conto de fadas. Sentiram a excitação que provoca aquele fenómeno e acreditaram no fim do medo, da tristeza, acreditaram que a luz e a alegria reinariam para sempre em completa harmonia.
O Aki, embriagado nesta plenitude, quis saltar um muro para apanhar pêssegos de uma árvore tão carregada de frutos extraordinários que apenas a visão fazia salivar, quanto mais o suave cheiro que dela se desprendia, flutuando na brisa morna.
Saltaram portanto e subiram ao pessegueiro. Sentaram-se frente a frente comendo os frutos em silêncio, sentindo a doçura na boca, a textura da casca nas mãos e o sumo pegajoso, de um amarelo topázio inacreditável, a escorrer-lhes, prolongadamente pelos braços nus.
Foi assim que, de forma natural, sem discursos, sem lágrimas ou turbilhões de alma trocaram o seu primeiro beijo.
O Lauri lembrava-se bem de cada pormenor. Desde a suavidade dos lábios até à carícia da respiração dele, muito leve na sua.
Subitamente, o dono da casa apareceu no quintal, exasperado, gritando com eles, chamando-lhes ladrões de fruta e ameaçando-os com uma enxada.
Os dois rapazes saltaram dos ramos onde se tinham instalado e largaram a correr.
Quando pararam, já estavam do outro lado do lago, ofegantes.
Um riso miudinho tomou conta deles e depressa rebentaram em gargalhadas sonoras.
Empurraram-se mutuamente até que caíram por terra. Entre mais risos, o Aki acabou por adormecer no seu peito.
O Lauri lembrava-se de ter ficado muito tempo a contemplar a superfície dourada das águas, feliz por naquele dia não haver noite, mexendo nos cabelos daquele que mais adorava até que adormeceu também, cansado, mas em paz por sentir tão intensamente.


O sol já seguia muito adiante na sua trajectória quando o Lauri acordou do seu mutismo, transportando-se de volta ao presente.
Ele estremeceu. Algo lhe deixara, no entanto, um travo amargo de mau pressentimento no fundo da boca…

Para muito breve: o que aconteceu, na realidade dentro da casa da amiga, uma drama, uma história ardente que eu não vou poder escrever porque é só para maiores de 18 anos!

Aqui está a prova que, quando no cinema se fazem sequelas o segundo filme sai sempre uma caca. Estão à vontade para criticar e para me lançar flames quer nos comentários que eventualmente façam, quer no guestbook, que isso não me vai demover de continuar este projecto literário. "parece que o terceiro songfic é que vai ser giro..."

Iupiii loucura matinal a ouvir 'Gold Lion'. Isto depois de ontem ter tocado, após meses de silêncio, guitarra foi fenomenal.

Tenho de voltar à biologia, pois não quero morrer estúpida sem saber quais as funções do trofoblasto durante a nidação ou talvez qual é o factor de inibição de Müllerian.... Coisas giras. Giritas.

Só mais uma notita: Já decidi para que cursos me vou candidatar... Hum... Bioquímica até tem uma média bastante alta... DAMN, sou forçada a continuar a estudar.... E eu que tinha pensado tirara férias a partir deste momento :P

Portem-se bem, e eu agradeço a visita, oh espíritos do outro mundo, os únicos que me leem. Ehehe

3 comentários:

Anónimo disse...

em releção ao cocoon ja comentei contig. MS volt a dizer k ta mt bom e a pedir a continuação!! hehe o CD todo lol é so trabalh aki pa persefone muahahahaha
p.s. drama?? k se lixe o drama keremos é hunky punky
Ha e viva Bioquímica k é fofo!!

Anónimo disse...

Não concordei com a parte das sequelas é que são horriveis. Eu gostei bastante desta segunda parte, ó menina! É com cada detalhe mais natural, cada recurso estilistico....
E já começam a haver indicios malvados! uuuh nao me digas que vai ter uma fim triste pa eu chorar baba, ranho e peidos? ahah
pah, tens mesmo jeito pra isto, eu acho! :)

E essa versão de maiores de 18 é pra quando???? Eu quero leeeer quero quero quero!! :P

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E vá lá que ao menos já sabes o que queres seguir.. eu ainda não! \o/
-_-'

beijão ó pessega madura! :D

Anónimo disse...

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