sexta-feira, fevereiro 22, 2008

In a dark alley

Tira a câmara das mamas da...
Nem sempre temos de estar melancólicos para podermos comunicar. Dizem alguns que o impossível é não o fazer. Que a cada momento mensagens subliminares soltam-se dos nossos umbigos como corvos e voam em todas as direcções.
Não temos sempre de lamentar e muito menos repisar o já calcado.
Por vezes a euforia invade-nos como néons de mil cores. O Mundo anda à roda e a sua instabilidade consome-nos os sentimentos: misturam-se num tornado de risos, de loucura. Rimo-nos. Muito. Sem saber porquê.
E comunicamos... Alegria, muita alegria, desmedida, impensada, longínqua da felicidade. Um ópio tão perfeito!
As pétalas de lilases chovem-nos sobre as cabeças e temos os tornozelos banhados por águas de prata.
Irreflexão. Ciclo vicioso. Emoções demasiado inebriantes entorpecem-nos os sentidos, afogam-nos os transportadores.
Dependência. Solidão.
Suores frios por deixar, por não ter, por não viver.
E por fim memórias das mais amargas. Fel no coração por estes dias não serem mais hoje nem um amanhã de moldura dourada.
As cores rodam, giram, borratam, IMPRESSIONAM, não nos dão tempo à fixação, não colam às retinas e depois desvanecem. Tristes.
Pétalas de lilás que já secaram. Águas que estagnaram.




Que dias tão felizes que tenho vivido. Que turbilhão de emoções mais-que-perfeitas que não consegui comunicar de outra forma.
Devem ser da vida de outra pessoa. Não posso ser mais que uma espectadora ocasional deste enigma sem protagonista.

[Paris]
[IJUP]
[Churrascão]
e mais... mais..
.

Sem comentários: