domingo, julho 15, 2007

Alma minha gentil, que te partiste

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre
triste.

Se lá no assento etéreo, onde
subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor
ardente
Que já nos olhos meus tão puro
viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Luís Vaz de Camões


O poema mais triste do mundo, citado pela alma mais melancólica.

1 comentário:

Shaolan disse...

Hey, menina Judite, anime-se, que aqui o Anselmo fica assim pó desanimado quando a menina está nesse estado; anime-se que isto, homens, há muitos; è preciso é procurá-los. Um pouco como a menina procura ossos e potes no seu trabalho e eu notas certas no meu.

Lol, não fiques assim, vive, que a vida é curta e é a única que temos!

Um enorme Bjo*